RESENHA RESIDENT EVIL REVELATION

ResidentEvil foi um game que, sem dúvidas, trouxe um frescor quando foi lançado em 1996, por colocar o jogador em situações repletas de muita tensão e suspense, com criaturas assustadoras e mortos-vivos aos montes em um ambiente fechado e diminuto. Essa atmosfera ainda serve de inspiração para muitos desenvolvedores, mas até pouco tempo ela tinha deixado os jogos mais recentes da própria franquia ResidentEvil, até que a CAPCOM anuncia ResidentEvil: Revelations, jogo que retorna as origens sem deixar de lado a ação. Vamos aos detalhes.

História

O desenvolvimento da história é feito através de capítulos, o que dá a imersão de estarmos vendo um seriado de TV. Nela, a veterana JilValentine e seu companheiro Parker Lucianipartem em uma missão de busca no navio Queen Zenobia, encalhado no Mar Mediterrâneo por motivos desconhecidos. No meio dela, os personagens se veem envoltos de conspirações envolvendo governos, grupos terrotistas e grandes corporações.
Em uma visão ampla, essa foi uma boa decisão criativa, visto que a narrativa, repleta de reviravoltas, não é prejudicada. Em outros jogos, quase sempre existe uma linha do tempo linear a ser seguida, com pouco espaço para o desenvolvimento dos personagens secundários, muitas vezes limitados a flashbacks curtos. Esse, definitivamente, não é o caso de Revelations; todos eles tem seu momento, e isso é muito bom. Mas nem tudo são flores: a campanha principal dura de 5 à 7 horas, chegando no máximo as 12 horas. Se o jogador quiser fechar em 100%, consegue facilmente em 15 horas. É realmente uma história curta, mas infelizmente essa é a média adotada pelas desenvolvedoras nos últimos anos.

Jogabilidade

Em ResidentEvil: Revelations, a jogabilidade nos remete aos bons tempos em que a franquia era mais focada no survivor horror. O tempo todo o jogador se depara com criaturas infectadas pelo vírus T-Abyss; elas são assustadoras e tem uma movimentação bastante similar aos zumbis dos primeiros jogos. Com uma visão em terceira pessoa, fica a critério atirar nelas, usar uma faca, ou simplesmente correr para economizar munição, o que em diversos momentos será a melhor opção.

No Nintendo 3DS existem vários esquemas de controle, onde a movimentação do personagem é feita no direcional analógico, a troca de armas nos direcionais digitais e a câmera nos botões L ou R. Mas o game mostra o seu melhor quando jogado junto ao acessório CirclePad Pro, que adiciona um controlador analógico esquerdo, para a câmera, e dois botões superiores Zr e Zl, usados para a atirar ou usar a faca.

Para o combate, o jogador tem a disposição várias armas, como rifles e pistolas, algumas delas só são desbloqueadas à medida que se avança na história. A munição é escassa, e para tanto foi implementado o Genesis Scanner, um localizador de pistas e munição que ficam escondidas no cenário, ou quando se mata as criaturas.Alguns dos chefes são memoráveis, sendo que o primeiro é encontrado com pouco tempo de campanha.

Existe também um modo online chamado R.A.I.D., onde se controla vários personagens em cenários do game e o jogador executa pequenas missões. Com isso, você pode se divertir por muitas horas com o portátil.
 Gráficos

Os cenários e a composição dos personagens foram muito bem trabalhados. O navio Queen Zenobia é enorme e você passa por vários estágios, como túneis de ventilação, cassinos, dormitórios, salas de comando e maquinaria. Todos foram muito bem feitos, evidenciando que uma catástrofe ocorreu naquele lugar. Alguns deles nos lembra os do navio Titanic (representado nos cinemas) em certos momentos, principalmente pela luxuosidade e tamanho.

O uso do efeito 3D dá ao jogo muita imersão. Diferente de Super Mario 3D Land, a tridimensionalidade foca muito mais na profundidade dos cenários, deixando eles ainda mais belos sem prejuízos a jogabilidade. Ainda existem modos que adicionam mais profundidade ao efeito no menu de opções, mas eles são extremamente agressivos aos olhos e cansam rapidamente.

A bola fora fica por conta das cutscenes. Elas são de certa forma bem feitas, mas o que pesa contra é o fato delas serem reproduzidas em baixa qualidade e pouca fidelidade de cores, brilho e contraste. Claramente foi uma tentativa de economizar espaço no cartucho, mas que pesou negativamente no resultado geral.

 Som

Se sua praia for tensão, então Revelations é um prato cheio. Durante as várias horas de jogo, não faltarão efeitos sonoros assustadores, como os do vento e de portas se abrindo. Existirão momentos em que só se ouvirá os passos da personagem. O suspense é grande.

Como fã de trilhas sonoras, digo que ela está belíssima. Em momentos de ação, o ritmo é maior, mas durante boa parte do game você ouvirá canções melancólicas o suficiente para deixar o jogador tenso o tempo todo. A imersão fica ainda maior quando se usa fones de ouvido. Nesse quesito, o game está impecável.

Conclusão

Com gráficos belíssimos, trilha sonora caprichada e excelentes momentos de tensão, ResidentEvil: Revelationsé certamente uma boa adição a já ótima biblioteca de títulos do Nintendo 3DS. Unindo bons momentos de ação e várias reviravoltasem sua trama principal, esse definitivamente é um título que vale o investimento, até mesmo por ser um dos poucos shooters disponíveis para o portátil atualmente.



+ Gráficos que exploram o potencial máximo do 3DS
+ Trilha sonora acima da média
+ Ambientação
+ Várias opções de controle
+ Modo online
+ História repleta de reviravoltas

- Curta duração da campanha
- Cutscenes com qualidade vergonhosa



Nota final: 9.4/10

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